Falo assim porque acho que levo jeito com as palavras … e em minha licença concedida pelas letras que aprendi, me sinto livre, desde a infância, para escrever, dizer coisas sérias e também de me divertir com as métricas e os seus recursos e manuseios. Peço a dona constância, em primeira estância, que eu acerte o passo de uma certa distância. Aos poucos, joguei fora a arrogância e fui acertando as contas com a minha ignorância. E em cada sabor aprendi a sentir também o doce de sua fragrância. Cada escada tem a sua escalada. E nem toda estrada tem alguém te esperando na parada. Então acordemos, mesmo que ainda seja de madrugada. Vez por outra é bom olhar pra noite enluarada. Vida, poesia que te preciso. Mesmo quando é preciso tirar o dente do siso. E como dói. Não há herói que não sinta. No entanto, há quem ainda pense que tem juízo. E aí de quem julgar, seu juiz. A pena voará escrevendo a sentença do que o outro fez. Certo ou errado pagará o preço. Então consideremos o veredicto. Meu tio Benedito sofreu com a receita que o doutor lhe deu de tomar sopa por um mês inteiro, conciso. E mesmo com muita sopa não foi sopa pra ele. Se você achar teu fardo pesado, releve. Acredite, na verdade, é leve. Tão leve que saberá disto no dia em que partir. Estamos aqui apenas por um breve instante. Um pequeno ponto, muito pequenino ponto, dentro da eternidade. E dentro desta dimensão na imensidão dentro do tempo e do espaço, é bom saber que você está, de fato, em cada ato, tão perto e no mesmo compasso.
Boa semana!
João Parizotto